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A Câmara de Vereadores de Itu realizará na próxima quinta-feira, 23 de maio, às 15h, Palestra sobre Padre Bento, o Apóstolo da Caridade, através do Professor e Diretor de Teatro, Renato Benedetti, Com o objetivo de implementar as ações referentes ao Instituto do Legislativo Ituano – ILI, a Câmara de Vereadores de Itu realiza palestra

Baseada na minissérie Bento da Caridade, produzida e dirigida por Renato Benedetti e Miguel Ruiz, a palestra pretende englobar a dedicação exclusiva do religioso aos portadores do mal de Hansen, operando uma transformação profunda em sua vida, além de aspectos do cenário social e político da época, destacando o importante trabalho de Padre Bento ao município de Itu.

Participem. Inscrições por telefone ou email. 11 4403-9300 e comunicacao@camaraitu.sp.gov.br

Conheça um pouco sobre Padre Bento

Fonte: Itu.com.br  (http://www.itu.com.br/conteudo/detalhe.asp?cod_conteudo=30168&adm=1&cmt=1)

Bento Dias Pacheco nasceu na Fazenda da Ponte, em Itu, em 17 de setembro de 1819. Filho de Inácio Dias Ferraz e de dona Ana Antônia Camargo, provinha de família abastada da região.

Por conta da abundância de recursos financeiros, a família incentivava-o aos estudos, esperando que se tornasse doutor. No entanto, Bento optou pelo sacerdócio, ordenando-se padre em 1840. Iniciou seu ministério em Itu, mas permaneceu pouco tempo em atividades paroquianas pois, em razão do falecimento de seu pai, passou a auxiliar na condução da fazenda familiar, agora sob os cuidados de sua mãe. Nessa época, padre Bento começou a ficar conhecido na região por causa dos cuidados que dispensava aos seus escravos, no mais puro sentimento de amor cristão ao próximo.

A sua maneira de tratar os escravos da região despertou a atenção das autoridades da comarca, e foi convidado para assumir o cargo de capelão do Hospital dos Lázaros. O convite foi feito duas vezes, e padre Bento recusou ambos, por conta do medo e do preconceito que existiam em relação aos portadores da hanseníase.

Em 1869, no entanto, padre Bento decidiu se dedicar integralmente aos portadores do mal de Hansen, operando uma transformação profunda em sua vida. Vendeu todos os seus bens e distribuiu o dinheiro obtido aos pobres da região. Despediu-se de parentes e amigos, e passou a morar na Chácara da Piedade, local em que eram segregados os portadores da hanseníase, vítimas tanto da gravidade da moléstia quanto do radical preconceito e repulsa da sociedade.

Por quarenta e dois anos padre Bento dedicou-se a cuidar desses doentes dia e noite, amparando-os material e espiritualmente, sem que desenvolvesse a terrível moléstia. Segundo o historiador Francisco Nardy Filho, "durante 42 anos, aqueles pobres homens tiveram nele o pai, o amigo, o médico que cuidava de suas feridas, o Cireneu que os ajudava a carregar a pesada cruz de sua temida doença. Indiferente ao cansaço, ao perigo de contágio, procurava acender, em cada coração sofredor, a lâmpada da esperança num mundo melhor, sem as vicissitudes deste vale de lágrimas".

O trabalho incessante de padre Bento em prol desses necessitados perdurou, sem interrupções, até o seu falecimento, em 6 de março de 1911, na mesma chácara em que morou por quarenta e dois anos. Seu corpo foi sepultado na Igreja do Senhor do Horto e São Lázaro, em Itu, num bairro que hoje leva o seu nome. A fama de seu trabalho realizado em prol da caridade se espalhou e seu túmulo passou a ser visitado por inúmeros fiéis.

Em março de 2003 a Cúria Diocesana de Jundiaí instalou o Tribunal Eclesiástico Diocesano para a Causa de Beatificação e Canonização de Padre Bento Dias Pacheco, cujo processo tramita atualmente na Congregação para as Causas dos Santos, no Vaticano.